"A nova universalidade não depende mais da auto-suficiência dos textos, de uma fixação e de uma independência das significações. Ela se constrói e se estende por meio da interconexão das mensagens entre si, por meio de sua vinculação permanente com as comunidades virtuais em criação, que lhe dão sentidos variados em uma renovação permanente."
Pierre Lévy apresenta proposta de nova linguagem para tecnologia da informação
Ao falar sobre “A Web Semântica e o desenvolvimento humano” procura mostrar como as ciências sociais, em seu estágio atual, poderiam colaborar na promoção do desenvolvimento humano. Traçando um quadro atual das ciências da cultura, Lévy lembra que vivemos uma situação onde ainda há fragmentação entre disciplinas e paradigmas e que não temos ainda um modelo causal integrado para o desenvolvimento humano
A inexistência de instrumentos tecnológicos de observação, a diversidade das linguagens formais sem aplicação computacional e a presença de conhecimentos tácitos, difíceis de se guardar e compartilhar, são aspectos que devem ser enfrentados se desejamos solucionar a miríade de problemas sociais de nossa época. Em ao menos três pontos básicos Lévy acredita que podemos ter chances de sucesso a partir do desenvolvimento de uma Web Semântica: o problema científico da gestão do conhecimento, o problema tecnológico da indexação pragmática e semântica do ciberespaço e o problema sócio-político de governança da inteligência coletiva.
Lévy estudou a evolução da linguagem da tecnologia da informação. Desde os antigos computadores gigantes, passando pelo PC e chegando aos atuais relacionamentos via web (como blogs, games). Ao mesmo tempo, o filósofo analisou as ciências sociais e a influência delas no desenvolvimento do ser humano. Dessa relação, Lévy fez um prognóstico da próxima etapa da civilização: a sociedade da informação ou sociedade do conhecimento (ou cognitiva). Essa sociedade, segundo ele, terá, entre outras, algumas das seguintes características:
a. Será uma sociedade com pessoas se relacionando e trocando conhecimento ampla e livremente, com foco no desenvolvimento multifacetado do ser humano, mas a partir de informações e conhecimento organizados e selecionados "a dedo", ressalta Lévy;
b. O ciberespaço passará por uma evolução. Se hoje a comunicação ocorre via blogs, flogs, comunicadores online e redes, por exemplo, no futuro haverá a rede de inteligência coletiva. Comunicações em tempo real, globalizadas, permitindo a intersecção de qualquer campo da ciência ou cultura, baseada nos significados das coisas.
É para essa sociedade, ainda abstrata, que Pierre Lévy criou um novo alfabeto, uma nova linguagem, chamada Metalinguagem da economia da informação (IEML, do inglês Information Economy Metalanguage). Esta linguagem, mais a computação cognitiva e os protocolos da rede de inteligência coletiva* (ambos os termos também cunhados por Lévy), formarão o idioma das tecnologias da informação (TIs) daqui há 10 ou 20 anos.
Para que sua metalinguagem tivesse mais significado do que simplesmente um código informático, Pierre Lévy partiu de conceitos semióticos e do desenvolvimento do ser humano (científico, cultural, educacional, prático - ou seja, ciências naturais, sociais e exatas) para elaborar a IEML.Dessa forma, ele conseguiu estabelecer uma relação entre o fluxo natural de absorção de conhecimento do homem e os protocolos (TI) da rede de inteligência coletiva. O idioma proposto por Lévy parte dos seguintes elementos básicos:Campo Informacional, representado pela letra I, com seus pólos:Pólo pragmático (O), com seus elementos:Virtual (U)Atual (A)e Pólo semântico (M), com seus elementos:Signo que representa o objeto (S)Existência do objeto na mente das pessoas (B)Objeto em si (T)Essa combinação primária de letras, gerou o alfabeto da IEML (veja apresentação completa).No idioma IEML, por exemplo, a palavra memória é escrita ST. A palavra pensamento é SS. E a palavra saber é escrita US.O passo seguinte foi atribuir números a esse novo alfabeto, para que a IEML pudesse ser lida por máquinas.
Ao falar sobre “A Web Semântica e o desenvolvimento humano” procura mostrar como as ciências sociais, em seu estágio atual, poderiam colaborar na promoção do desenvolvimento humano. Traçando um quadro atual das ciências da cultura, Lévy lembra que vivemos uma situação onde ainda há fragmentação entre disciplinas e paradigmas e que não temos ainda um modelo causal integrado para o desenvolvimento humano
A inexistência de instrumentos tecnológicos de observação, a diversidade das linguagens formais sem aplicação computacional e a presença de conhecimentos tácitos, difíceis de se guardar e compartilhar, são aspectos que devem ser enfrentados se desejamos solucionar a miríade de problemas sociais de nossa época. Em ao menos três pontos básicos Lévy acredita que podemos ter chances de sucesso a partir do desenvolvimento de uma Web Semântica: o problema científico da gestão do conhecimento, o problema tecnológico da indexação pragmática e semântica do ciberespaço e o problema sócio-político de governança da inteligência coletiva.
Lévy estudou a evolução da linguagem da tecnologia da informação. Desde os antigos computadores gigantes, passando pelo PC e chegando aos atuais relacionamentos via web (como blogs, games). Ao mesmo tempo, o filósofo analisou as ciências sociais e a influência delas no desenvolvimento do ser humano. Dessa relação, Lévy fez um prognóstico da próxima etapa da civilização: a sociedade da informação ou sociedade do conhecimento (ou cognitiva). Essa sociedade, segundo ele, terá, entre outras, algumas das seguintes características:
a. Será uma sociedade com pessoas se relacionando e trocando conhecimento ampla e livremente, com foco no desenvolvimento multifacetado do ser humano, mas a partir de informações e conhecimento organizados e selecionados "a dedo", ressalta Lévy;
b. O ciberespaço passará por uma evolução. Se hoje a comunicação ocorre via blogs, flogs, comunicadores online e redes, por exemplo, no futuro haverá a rede de inteligência coletiva. Comunicações em tempo real, globalizadas, permitindo a intersecção de qualquer campo da ciência ou cultura, baseada nos significados das coisas.
É para essa sociedade, ainda abstrata, que Pierre Lévy criou um novo alfabeto, uma nova linguagem, chamada Metalinguagem da economia da informação (IEML, do inglês Information Economy Metalanguage). Esta linguagem, mais a computação cognitiva e os protocolos da rede de inteligência coletiva* (ambos os termos também cunhados por Lévy), formarão o idioma das tecnologias da informação (TIs) daqui há 10 ou 20 anos.
Para que sua metalinguagem tivesse mais significado do que simplesmente um código informático, Pierre Lévy partiu de conceitos semióticos e do desenvolvimento do ser humano (científico, cultural, educacional, prático - ou seja, ciências naturais, sociais e exatas) para elaborar a IEML.Dessa forma, ele conseguiu estabelecer uma relação entre o fluxo natural de absorção de conhecimento do homem e os protocolos (TI) da rede de inteligência coletiva. O idioma proposto por Lévy parte dos seguintes elementos básicos:Campo Informacional, representado pela letra I, com seus pólos:Pólo pragmático (O), com seus elementos:Virtual (U)Atual (A)e Pólo semântico (M), com seus elementos:Signo que representa o objeto (S)Existência do objeto na mente das pessoas (B)Objeto em si (T)Essa combinação primária de letras, gerou o alfabeto da IEML (veja apresentação completa).No idioma IEML, por exemplo, a palavra memória é escrita ST. A palavra pensamento é SS. E a palavra saber é escrita US.O passo seguinte foi atribuir números a esse novo alfabeto, para que a IEML pudesse ser lida por máquinas.
2 comentários:
Esse poderia ser um exemplo dessa metalinguagem.
Olá,
Foi lançado recentemente um PABX capaz de integrar-se ao SKYPE, permitindo que telefones comuns possam fazer chamadas para contatos SKYPE ou para outros telefones através da rede SKYPE. As chamadas podem ser realizadas, atendidas, colocadas em espera, transferidas de forma extamente igual as da rede de telefonia convencional. O custo é muito baixo e se pega rápido, rápido.
Veja: www.safesoft.com.br/pabx/
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